O que é?
A toxoplasmose é uma doença comum em animais de sangue quente e hoje estima-se que mais de 2 bilhões de pessoas estejam cronicamente infectadas no mundo. A doença infecciosa é causada pelo protozoário Toxoplasma gondii e acarreta sérios riscos no período da gestação, podendo comprometer a integridade do feto. Existe na forma congênita (adquirida na gestação através da contaminação da mãe) ou adquirida após o nascimento. A toxoplasmose adquirida pode determinar quadros variados, desde a ausência de sintomas até doença com manifestações graves.
A toxoplasmose é uma das zoonoses de maior difusão no mundo em que vivemos.
No Brasil no mínimo 6 mil bebês nascem por ano com infecção congênita, que é evitável com orientação dietética e acompanhamento sorológico. Nos EUA as infecções durante a gravidez ocorrem em 2 casos por mil nascimentos, com até 50% de infecção transplacentária.
A toxoplasmose ocular é a causa mais comum de inflamação retiniana em pacientes não imunocomprometidos e uma das mais importantes infecções oculares secundárias em pacientes com AIDS.
A transmissão transplacentária ou congênita foi a primeira a ser conhecida como causadora das lesões em humanos. As maneiras mais comuns de contagio são o consumo de alimentos contaminados e o contato com fezes de gato e terra. A importância da toxoplasmose congênita como causa da Toxoplasmose ocular passa a ser reconhecida a partir dos trabalhos de WILDER 1952 e PERKINS em 1973. Setenta por cento das infecções congênitas terão cicatrizes retinocoroideanas.
A doença adquirida, que se pensava ser pouco freqüente, era relatada em raros trabalhos publicados. Em 1978 MASUR publica um caso de retinocoroidite toxoplásmica associada à toxoplasmose adquirida, assim como RICARDO AKSTEIN em 1982 e RICHARD GREEN, em 1994.
SILVEIRA & BELFORT em 1987, GLASNER, SILVEIRA & BELFORT em 1992 e BELFORT, SILVEIRA, MUCCIOLI & ABREU em 1999 publicam trabalhos com mais de 150 famílias com vários irmãos não gêmeos com lesão ocular, estudos de base populacional com 20% dos casos apresentando mais de um irmão não gêmeo com lesão e também casos de mãe com sorologia negativa e filhos com lesões oculares. Estas foram as primeiras publicações onde um número significativo de casos de doença adquirida foram apresentados.
Tradicionalmente a toxoplasmose adquirida é considerada uma doença benigna e auto-limitada em indivíduos saudáveis e imunocompetentes, sendo o tratamento considerado desnecessário, uma vez que muitos pacientes não desenvolvem complicações mais severas. Recentes trabalhos mostraram que indivíduos com toxoplasmose adquirida apresentam o risco de desenvolver tardiamente lesões oculares que comprometem de forma irreversível a visão. Portanto, é adequado reconsiderar o uso do antiparasitário no momento da aquisição da infecção.
Recentemente, novas características clínicas foram associadas à toxoplasmose ocular; reações inflamatórias intra-oculares incomuns podem ser a única manifestação de uma toxoplasmose ocular adquirida. Hoje em dia já não podemos afirmar que a toxoplasmose ocular causa sempre uma retinocoroidite necrótica focal, porque na infecção adquirida outras partes do olho podem ser afetadas, sem desenvolvimento de retinite. Alguns pacientes desenvolvem somente vasculite, outros somente vitreíte ou somente iridociclite. São chamadas de formas atípicas.
O aperfeiçoamento dos exames laboratoriais facilitaram o diagnóstico da doença e em relação ao tratamento existem novas drogas promissoras.
Contaminação
O gato é o principal hospedeiro do Toxoplasma gondii. Ele contamina o meio ambiente (solo, água, vegetais, objetos e alimentos) com oocistos que são liberados nas fezes do animal, uma única vez durante sua vida. A disseminação dos oocistos também pode ser feita por moscas, baratas e minhocas e a transmissão pode ocorrer pela ingestão ou inalação do oocisto.
Os oocistos podem ser ingeridos com frutas ou verduras mal lavadas e cistos podem ser ingeridos de mãos mal lavadas após contato com carnes cruas, na preparação dos alimentos, ou por ingestão de carne crua ou mal passada.
Os oocistos podem ser reingeridos pelos próprios gatos, ou ser ingeridos pelos hospedeiros intermediários. A infecção também pode ser transmitida pela inalação de oocistos, apanhados pelas secreções respiratórias e eventualmente deglutidos. Os sapatos podem carregar oocistos para dentro dos ambientes.
A doença também pode ser transmitida da mãe para o filho, durante a gestação.
Ciclo do Agente
O protozoário se desenvolve no intestino do gato e apenas uma vez na vida, por algumas semanas, o animal libera os oocistos do toxoplasma junto com as fezes no solo ou nas hortas. O animal que consome pasto contamina o homem. Podem ser veículos de transmissão o solo (verduras), a água, a carne de porco (embutidos), de ovelha e de aves mal passadas. Carne bovina, leite de cabra ou vaca, ovos crus, e transfusão sangüínea com menor freqüência.
Epidemiologia
Um terço da população mundial e mais de 50% da população brasileira foram infectadas por este parasita, que geralmente não causa problema algum.
OBS: Estudo feito no Centro de Referência em Toxoplasmose de Erechim, que atende pacientes dos três estados da Região Sul, mostra que este número pode ser semelhante nestas regiões.
Nos EUA, evidências sorológicas de infecção por Toxoplasma gondii atingem de 3 a 70% da população adulta saudável (Langermans et al., 1992). A presença de anticorpos anti-Toxoplasma nas diferentes populações do mundo varia de acordo com fatores sociais e econômicos, idade e área geográfica. A prevalência é maior nas áreas tropicais, relativamente baixa nas áreas quentes e áridas e nas regiões frias, como a Islândia (Feldman, 1956; Wallace, 1969).
Sintomas
São vários os sintomas apresentados pela pessoa contaminada e dependerão também do grau de imunidade do paciente. O início dos sintomas varia de cinco a 30 dias após a contaminação. A doença pode ter manifestações pouco significativas, podendo ser até assintomática.
O paciente pode apresentar:
- Febre e manchas pelo corpo como sarampo ou rubéola; sintomas localizados nos pulmões, coração, fígado ou sistema nervoso, dependendo do local no organismo em que o protozoário se aloja.
- Ínguas pelo corpo, principalmente localizadas na região do pescoço e às vezes disseminadas em outras áreas.
- Doença ocular, manifestada pela dificuldade para enxergar, inflamação, surgimento de pontos pretos no campo de visão. Se não for tratadas surgem lesões na retina que podem evoluir para a cegueira.
- Infecção no feto quando a gestante adquire a doença pela primeira vez durante a gravidez. Dez da 60% dos bebês vão nascer com algum tipo de comprometimento pela toxoplasmose. Se a transmissão ocorrer no 1º trimestre da gestação as consequências serão mais severas, mas a frequência de contaminação nesta fase é menor. Conforme a gestação vai progredindo, aumenta a frequência da transmissão da toxoplasmose, mas diminui a gravidade dos danos para o feto.
- Em pacientes com AIDS ou CANCER, em que a imunidade já está reduzida, a doença pode se apresentar de forma muito grave, causando lesões no sistema nervoso, pulmões, coração e retina. O mesmo acontece quando se usa medicamentos com efeitos imunossupressores
OBS: Hospedeiros intermediários ou definitivos com baixas defesas podem responder de forma diferente.
Diagnóstico
O diagnóstico da doença sistêmica é difícil de ser realizado pelo exame físico ou simples associação aos sintomas, já que em adultos a doença pode ser assintomática. Exames de sangue são utilizados para o diagnóstico de infecção aguda (atual) ou crônica, solicitando-se exames para a detecção de dois tipos de anticorpos, o IgG e o IgM. O IgG é o marcador da imunidade ao parasita e o IgM é o marcador de infecção aguda pelo parasita.
O diagnóstico da doença ocular é basicamente clínico (aspecto das lesões) associado a exame laboratorial (IgG).
Exames
IgG
Testes sorológicos para demonstração de anticorpos específicos são usados rotineiramente para estabelecer a exposição ao Toxoplasma gondii nos casos suspeitos de toxoplasmose.
A presença de anticorpos anti – T. gondii, classe IgG, não confirma um diagnóstico porque os anticorpos podem permanecer em títulos altos na população, por muito tempo, e porque existe alta prevalência destes anticorpos na população em geral.
Os anticorpos tipo IgG aparecem geralmente após uma ou duas semanas, têm seu pico em um a dois meses e depois caem e permanecem com títulos mais baixos por toda a vida.
IgM
Os anticorpos IgM se desenvolvem após uma ou duas semanas e podem ser detectados em títulos baixos até um ano após a infecção.
Para a maioria dos médicos, o fato do exame sorológico para toxoplasmose apresentar IgM positivo significa que ela está com a infecção aguda e que o feto está correndo o risco de ser infectado e nascer com algum tipo de malformação.
Atualmente, a IgM pode ser detectada até 24 meses, chegando alguns casos a mais de 5 anos, após a infecção, devido ao aumento da sensibilidade da metodologia empregada no exame. É a chamada positividade residual, e não apresenta efeito nocivo ao feto.
Caso o médico não esteja bem esclarecido, pode decidir tratar esta paciente durante toda a gestação, usando medicação de modo desnecessário e provocando um abalo emocional na mãe e nos familiares.
Avidez de IgG
É importante que os médicos saibam se a IgM positiva indica uma infecção aguda ou pregressa. Isso é possível solicitando o teste de Avidez de IgG, que determina a porcentagem de avidez das moléculas de IgG. Este teste deve ser solicitado quando o título da IgM estiver baixo.
Porcentagens de avidez de IgG inferiores a 30% sugerem que a infecção seja aguda e tenha ocorrido nos últimos 3 meses; índices superiores a 60% indicam que a doença é pregressa e que acometeu o paciente a mais de 3 meses. Valores entre 30% e 60% não permitem uma interpretação precisa do período transcorrido desde a infecção.
PTSP- Pesquisa do Toxoplasma no Sangue Periférico
A técnica de identificação do toxoplasma no sangue periférico desenvolvida pelo Dr. Cláudio e seu grupo de pesquisadores foi apresentada no Congresso Brasileiro de Medicina Tropical no Rio de Janeiro em 2012. Esta técnica foi publicada pela primeira vez no British Journal of Ophthalmology (2011)¹ e está sendo confirmada por diferentes grupos de pesquisa, como o da Dra. Cinara C. B. Mattos do Laboratório de Imunogenética, Departamento de Biologia Molecular da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto². A nova técnica permite identificar o parasita no sangue periférico de pacientes com a doença sistêmica ou doença ocular. É feito um primeiro exame e se este estiver positivo, é necessário um tratamento. Após 20 30 dias de tratamento, o exame deve ser repetido. Se o parasita for sensível ao medicamento que está sendo usado, o exame vai ser negativo. Se o exame permanecer positivo há necessidade de troca do medicamento, até que se consiga eliminar o parasita.
Silveira C, Vallochi AL, Silva UR, Muccioli C, 1 Holland GN, Nussenblatt RN, Belfort Jr R, Rizzo LV. Toxoplasma gondii in the peripheral blood of patients with acute and chronic toxoplasmosis. Br. J. Ophthlamol, 2011;95:396-400.
Outros exames:
Testes como IgA e PCR do líquido amniótico ou sangue periférico também podem ser usados, em situações específicas.
Vacinas
As vacinas ainda estão sendo pesquisadas e não foram testadas em seres humanos.
- Toxoplasma vaccines: appropriate end points and sample size in future human clinical trials.
Vacina poderá evitar a expansão da toxoplasmose: Estudo feito por pesquisadores da Dinamarca, Holanda, Itália e Brasil realizado recentemente procura determinar parâmetros para utilização de vacina contra o Toxoplasma gondii em humanos.
Existe Cura?
Diante de uma doença em atividade, quando não existe lesão irreversível da mácula e/ou do nervo óptico, os tratamentos conseguem reverter a baixa da visão.
Na maioria dos casos o tratamento controla a doença evitando complicações . Não há cura definitiva para a doença, os tratamentos atuais não têm a capacidade de eliminar o parasita e não conseguem reverter as cicatrizes antigas. As lesões causadas pela toxoplasmose na retina podem ser irreversíveis.
Prevenção
PREVENÇÃO
– Coma verduras e legumes sempre bem lavados: Deixar as folhas de molho em 1 litro e meio de água com 1 colher de sopa de bicarbonato de sódio e gotas de detergente por 15 minutos; retirar as folhas e colocar agora de molho em um litro e meio de água com 2 colheres de sopa de vinagre por 15 minutos; retirar as folhas e enxaguar com água fria previamente fervida.
– Lavar cuidadosamente as mãos – palmas, dedos e unhas várias vezes ao dia, principalmente após manusear a terra, verduras, carnes frescas e após contato com gatos;
– Coma carnes sempre bem passadas, de cor rósea a cinza, principalmente vísceras – coração, rins, fígado cérebro;
– Microondas não mata o toxoplasma.
– Coma os embutidos como linguiças e salames sempre bem cozidos ou curados, nunca logo após a fabricação. Não prove a carne crua durante a preparação dos embutidos. Carne de porcos e outros animais criados livres apresentam mais riscos.
– Não use a faca e a tábua de cortar carne para outros alimentos antes de lavá-la.
– Ingerir ovos cozidos, principalmente a clara;
-Ingerir leite pasteurizado e queijos curados;
– Utilize maionese industrial;
– Ferver água por três minutos para beber, lavar dentes, enxaguar saladas cruas;
– Caixas de água bem fechadas evitando o acesso de animais, pássaros;
– Conserve cobertas as caixas de areia para as crianças quando não estiverem em uso.
– Manipulação e destino adequado do lixo evitando proliferação de moscas, baratas e ratos. Controle de roedores com ratoeiras elétricas;
Gatos:
– Castração de felinos domésticos e de rua, principalmente as fêmeas;
– Caixas de areia para uso dos felinos com descarte adequado no lixo, o ideal é a incineração das fezes. Fazer a limpeza diariamente. A desinfecção pode ser feita com água fervente ou deixada ao sol para secar.
– Mantenha seu gato bem alimentado para que ele não tenha que caçar e não o alimente com carne crua.
Prevenção de Recidivas
Novidades na Prevenção da Toxoplasmose: se você melhora sua imunidade, melhora sua saúde
A avaliação dos parâmetros individuais da imunidade permite a utilização de tratamentos preventivos, para evitar a recorrência da doença.Classicamente a toxoplasmose é tratada com Pirimetamina, Sulfadiazina e Ácido folínico. Dependendo das alterações oculares também são usados corticosteroides. Devido aos efeitos colaterais destes medicamentos, tratamentos alternativos têm sido recomendados, conforme trabalho publicado por nós em 2002 (Bactrim).(1)
Este estudo foi considerado pela revista The Cochrane Library, na época, como o mais importante trabalho sobre tratamento para a toxoplasmose nos últimos 50 anos.
Em 2015 foi publicado o seguimento do trabalho publicado em 2002, depois de treze anos da nossa primeira publicação, falando sobre o uso do Trimetoprim/Sulfametoxazol em recidivas de toxoplasmose ocular, efeito em longo prazo. (2)
Porém, nesta época, modificamos o tratamento de prevenção de recidivas, que antes usava a combinação Trimetoprim/Sulfametoxazol. E em 2020 foi publicado trabalho citando as referências 1 e 2, realizado por outro grupo de pesquisadores, na mesma linha dos trabalhos citados, mas ainda com a recomendação do uso de Trimetoprim/Sulfametoxazol na redução de recidivas de lesões de toxoplasmose. (3)
A medicina atual não pode se limitar a tratar a lesão aguda sem se preocupar com a prevenção de crises futuras. Antigamente tratava-se apenas a lesão ativa, o paciente era orientado para voltar a consultar caso voltasse a ter sintomas, que levava a perda de visão irreversível em alguns casos. Agora, em vez de ficar esperando a próxima crise, quando termina a fase aguda, iniciamos a prevenção.
A Clínica Silveira, com os trabalhos de pesquisa do Dr. Cláudio Silveira, foi a primeira a demonstrar que a combinação Trimetoprim/Sulfametoxazol diminui o aparecimento de recidivas. Estas drogas foram recomendadas pela Academia Americana de Oftalmologia em 2013 e ainda são utilizadas por muitos médicos em todo o mundo.
Atualmente buscamos tratamentos mais eficazes e mais precisos de prevenção de recidivas e com menos efeitos colaterais, inclusive que os da combinação Trimetoprim/Sulfametoxazol. Estamos usando novos protocolos para evitar que o paciente não tenha as temidas recidivas.
MEDICINA DE PRECISÃO:
Suplementos específicos têm sido recomendados, de acordo com os resultados dos exames de cada paciente. Algumas interleucinas estão relacionadas à proteção contra a toxoplasmose. A dosagem de interleucinas, assim como a de vitaminas e minerais, pode dar uma orientação ao médico sobre como deve ser feita a suplementação para cada paciente, de acordo com suas necessidades.
É possível melhorar o sistema imunológico de forma objetiva e eficiente, de acordo com cada paciente.
ALIMENTAÇÃO:
Existem exames que avaliam mais de duzentos alimentos, que nos dão condições de melhorar a alimentação do paciente, associada a suplementos personalizados, que vão suprir as deficiências indicadas nos exames específicos. Dietas e suplementos prooxidantes ou antioxidantes são prescritos de acordo com cada paciente.
Da mesma forma, a alimentação pode estimular a formação de células de defesa e contribuir para o controle da toxoplasmose.
A degeneração pigmentar secundária a toxoplasmose, descrita em 1989, aumentou nos últimos anos, fato que pode estar relacionado ao aumento das doenças auto-imunes. (4)
Os tratamentos para prevenir e tratar estas doenças também evoluíram. (5)
Doenças auto-imunes, inclusive as uveítes auto-imunes ou degeneração pigmentar secundária a toxoplasmose (com comprometimento auto-imune) são tratadas dentro do conceito de suplementos ou medicamentos específicos para cada paciente.
MRI:
A alimentação adequada pode proteger o olho de MRI (Maculopatia Relacionada à Idade) e de alterações que também estão presentes nas doenças degenerativas, como Alzheimer e Parkinson.
1. Silveira C, Belfort Jr R, Muccioli C, Holland GN, Victora, C, Horta BL, Yu F, Nussenblatt RB. The effect of long-term intermittent trimetoprim/sulfametoxazole treatment on recurrences of toxoplasmic retinochoroiditis. Am. J. Ophthalmol, 2002,134:41-46.
2. Silveira C, Muccioli C, Nussenblatt RB, Belfort R Jr. The effect of long-term intermittent trimetoprim/sulfametoxazole treatment on recurrences of toxoplasmic retinochoroiditis: 10 years of follow-up. Ocul. Imunol, Inflamm. 2015:23(3): 246-247.
3. Felix JPF, Lira RPC, Grupenmacher AT, Assis Filho HLG, Cosimo AB, Nascimento MA and Arieta CEL. Long-term Results of Trimetoprim-Sulfametoxazole Versus Placebo to Reduce the Risk of Recurrent Toxoplasma gondii Retinochoroiditis. Am. J. Ophthalmol, 2020;213:195-202.
4. Silveira, C.; Belfort Jr., R.; Nussenblatt, R.; Farah, M; Takahashi, W; Imamura,P.; Burnier Jr., M. Unilateral Pigmentary Retinopathy Associated With Ocular Toxoplasmosis. Am. J. Ophthalmol. 1989, 107: 682-84.
5. Kodati, S.; Sem H.N. Uveíte e microbiota intestinal. Clin. Reumatol. 2019 dez, 33 (6): 101500.